O Blogue foi criado no âmbito da disciplina de História A por sugestão da professora. Nele serão aprofundados temas do 11º ano, por exemplo, a Holanda e a Inglaterra, do século XVIII, em matéria de política, economia, hegemonia comercial, etc.

domingo, 15 de maio de 2011

Portugal no mesmo período


No mesmo período em que a Europa lutava pela conquista do mundo, Portugal vivia o período da Regeneração, onde teve que lutar pela sobrevivência da economia.

Em relação à hegemonia europeia Portugal passou despercebido. Em primeiro lugar perdeu alguns dos seus territórios após a Conferência de Berlim. Esqueceram-se os seus direitos históricos, de descoberta e colonização e foram trocados pelo Principio de Ocupação Efectiva. Este principio em que os colonizadores tinham que conseguir explorar as potencialidades das suas colónias fez com que Portugal perdesse algumas das suas por não ter possibilidades para as explorar.

Em segundo lugar, Portugal pretendia possuir os territórios entre Angola e Moçambique, o chamado Mapa cor-de-rosa apresentado na Conferência de Berlim. No entanto, este projecto colidia com os interesses ingleses de possuir os territórios desde “o Cairo até ao Cabo”, o que levou a que a Inglaterra fizesse um ultimato a Portugal, onde exigia a retirada da proposta e das forças militares estacionadas no território pretendido. Portugal acabou por ceder após a ameaça de ataque ao reino.

Rivalidades imperialistas



Estas rivalidades levaram a uma tensão internacional. Diz-se que nesta altura se vivia um clima de "paz armada". Este clima levou à criação de alianças: a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e a Itália) e a Tríplice Entente (França, Rússia e Grã-Bretanha).
Estavam acabadas as fundações para a 1ª Guerra Mundial.

sábado, 14 de maio de 2011

A Conferência de Berlim e a partilha de África



A conferência de Berlim (1884-1885) foi proposta por Portugal (onde apresentou o mapa cor-de-rosa) e organizada por Bïsmark.

A proposta do mapa cor-de-rosa saiu falhada pois ia contra os interesses ingleses

de possuir todos os territórios desde o Cairo até ao Cabo (ideia de Cecil Rhodes).


Esta conferência acabou por levar à divisão de África pelas potências económicas europeias onde a Inglaterra foi a mais beneficiada :


Os direitos históricos portugueses sobre África foram totalmente esquecidos e trocados pelo Principio de Ocupação Efectiva, ou seja, terá direito à terra aquele que a conseguir explorar devidamente.

As motivações da partilha da África foram:

- Industriais/Económicas - Os industriais necessitavam de matéria-prima e mercados de escoamento. Uma vez que o mercado europeu estava saturado, as colónias africanas (livres de concorrência) eram o local perfeito para exportarem os seus produtos ao preço que lhes conviesse. Eram, também, convenientes pois a África tinha mão-de-obra barata, não era escrava, pois os países já a haviam abolido mas não era sindicalizada.

- Demográficas - O desenvolvimento da indústria e das melhores condições de vida levaram a uma redução da mortalidade e houve, por isso, uma sobre-ocupação do espaço europeu, logo houve a necessidade de escoar população.

- Geo-estratégicas - Pois a proximidade ao continente asiático convinha a certas nações, tal como a Inglaterra que lá tinha colónias.

As colónias foram realmente importante para os industriais. Nas palavras de Jules Ferry : "A política colonial é filha da política industrial.





Do desenvolvimento industrial ao imperialismo.



Com o desenvolvimento das suas economias devido ao take-off industrial países como a Alemanha, a Inglaterra e a França sentiam grande necessidade de aumentar os seus territórios.

Esta necessidade advinha da falta de matérias-primas, da falta de espaço para a população e falta de mercados de escoamento que a Europa tinha. Desenvolveu-se, nesta altura, o espírito imperialista e colonialista.

Nas vésperas da 1ª Guerra Mundial, a Europa detinha quase a totalidade do Mundo.


Exemplo de colonialismo: Colonizadores/Colónias


Imperialismo; colonialismo - ver glossário


segunda-feira, 21 de março de 2011

Meios de transporte


Os transportes encontraram nesta altura um grande desenvolvimento, pois não só eram importantes para a distribuição dos produtos de série como também eram constantemente melhorados. O motor de explosão deu origem a meios de transporte como os aviões (irmãos Wright) e os automóveis, cuja indústria conheceu grande desenvolvimento e investimento, donde se destacam nomes como Benz, Ford, etc. Foram motivo de grande espanto pela população e até foram registados por um jornalista incrédulo que descreve o momento da chegada de um automóvel a uma vila inglesa.

Os navios a vapor ocuparam o seu lugar nesta altura recebendo, também, alguma atenção de capitalistas. Com o seu desenvolvimento, cresceram naturalmente vias de navegação tais como o canal do Suez e do Panamá.


Mas nenhum meio de transporte conheceu tanto investimento como o comboio, devido ao qual as linhas férreas cresceram sem precedentes. Por toda a Europa se vê um emaranhado de linhas férreas que cresceram para dar apoio às indústrias como transporte de matérias primas e produto acabado.


Os transportes foram, de facto, muito importantes nesta altura. A indústria viu-se totalmente apoiada por estes que cada vez tornavam o escoamento da produção mais rentável devido ao constante desenvolvimento dos mesmos. Criaram-se indústrias para a produção de automóveis, que empregaram muita mão de obra. A paisagem sofreu alterações e a Europa iniciou um conjunto de novas relações comerciais com os restantes continentes, o chamado Neo-colonialismo.

Fontes de energia



O carvão manteve-se, desde a primeira revolução industrial, como fonte de energia mas a ele juntaram-se mais dois, o petróleo e a electricidade. O aproveitamento do petróleo só foi possível através do desenvolvimento da técnica de refinação. Este passou a ser muito importante a quando da invenção do motor de explosão por Daimler.




Veículo movido a motor de explosão.




A electricidade também se verificou bastante útil com a invenção da lâmpada por Edison. As ruas ficaram mais seguras e as casas melhor iluminadas. Ambas as fontes de energia se mostraram mais eficazes do que o carvão como força motriz da máquina a vapor, característica da primeira revolução industrial.


Indústrias mais importantes


Siderurgia - ramo da metalurgia que se dedica ao tratamento e fabricação do aço (wikipédia).
Esta é a indústria mais importante da altura, principalmente após a invenção do Conversor por Bessemer, que permitia uma rápida e barata transformação do ferro em aço. O aço, mais flexível que o ferro, adquiriu grande importância na fabricação de máquinas, locomotivas, etc.


Conversor de Bessemer




Química

A industria química teve relevância devido ao contínuo progresso da ciência que, com a descoberta de novos métodos, permitiu aos investigadores a criação de produtos como o extracto de carne de Liebig ou a aspirina de Bayer.

Produção de comprimidos